Os professores do Cerqueira César estão preocupados com seus
alunos, com o que possa interessá-los, envolvê-los, como transmitir informações
para quem não quer ouvir, para crianças que perderam os limites.
Temos crianças inteligentes, capazes, no entanto, estão
usando sua inteligência para afastar conteúdos necessários para sua formação.
Os alunos não atendem mais as solicitações dos professores para fazer as
lições, mudar de lugar devido ao excesso de conversa, ficam na sala brincando, conversando,
andando, arrastando mesa e cadeira no momento em que as explicações são
passadas. Não querem mais ouvir as explicações, se recusam a realizar
pesquisas, não se preocupam com notas, promovem discussões que não levam a nada
e a cada dia impõem suas vontades.
As estratégias para administrar uma boa aula mudam
constantemente, mas, não estão dando certo. Fazemos o que está ao nosso alcance
para que o aluno aprenda, quando necessário com broncas, e infelizmente quanto
mais nos preocupamos, cobrando a participação do aluno, mais (os alunos) se
revoltam, acusando o professor de ser ruim com eles, o que não é verdade.
Estamos falando de uma minoria (de alunos) que prejudica o
bom andamento das aulas. Não podemos confundir com perseguição ou
discriminação. Aliás, discriminação é o que está acontecendo com os alunos que
estão na escola para aprender e estão sendo prejudicados por essa minoria que
atrapalha o processo de ensino e aprendizagem.
O governo impede que se retire da sala de aula, esses que
não querem saber de nada, então, eles ficam aprontando sabendo que não sofrerão
nenhuma punição e os professores impedidos de ministrar uma boa aula.
Ou nos ajudamos, ou a educação perde sua função elementar.
Não existe conquista sem luta, sem esforço, sem trabalho. Só alcançaremos sucesso
com a participação de todos. Sozinhos somos como uma formiga, facilmente
pisoteada. O futuro de seus filhos continua em suas mãos. Vocês vão escolher o
que devem ou não fazer para salvar o futuro deles.
Os professores estão fazendo a sua parte, vão continuar na
luta, todos os interessados no bem dos alunos, estão convidados a unir forças
para salvar a educação na nossa escola.
O mundo está presenciando uma inversão de valores bastante
preocupante em nossa sociedade. Os trabalhadores honestos são tachados de
“bobos” por não concordar com certas práticas que visam tirar proveito de
situações ou de levar vantagem de pessoas carentes em benefício próprio. Vemos
pessoas arrogantes menosprezando humildes, políticos sem escrúpulos,
desvalorização dos bons costumes como ter educação, ter respeito, ser honesto,
ser solidário e apesar de se falar bastante em discriminação, essas ações
repugnantes permanecem vivas entre nós.
Os jornais anunciam todos os dias fraudadores, agora com
técnicas artísticas. Usam o silicone para copiar as digitais de colegas na
intenção de confirmar presença de quem não comparece ao trabalho, é o caso da
saúde pública que foi notícia na mídia recentemente.
Já está comprovado que pessoas instruídas, esclarecidas,
aquelas que leem, que acompanham os acontecimentos do país, são mais difíceis
de serem enganadas com os discursos verborrágicos dos políticos, aqueles que
usam palavras difíceis em seus discursos e muitas vezes não dizem nada, tem a
função de envolver o ouvinte na conversa e deixá-lo com a sensação de que o
falante é dono da verdade.
Os professores são tão humanos e sensíveis como qualquer
outro ser humano e como tal cheios de falhas, no entanto, procuram corrigir suas
falhas com humildade, tentam acertar, mesmo cometendo erros. Às vezes se sentem
incapazes de resolver questões aparentemente simples. Espera-se que possam ser
compreendidos e não sejam mais apedrejados por errar e tentar corrigir os
erros, como fazem alguns que se acham superiores, imunes às imperfeições
humanas.
No começo do ano letivo, foi lido um pequeno texto que dizia
– “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma
humana, seja apenas outra alma humana” (de Carl G. Jung), pensamento esse,
infelizmente pouco usado. Algumas pessoas sentem prazer com as desgraças
alheias e se alimentam disso, fazem questão de ressaltar os atropelos e acusar
sem dar chance de defesa. Por isso é importante lembrar que todos nós estamos
propensos a erros.
Então, ao invés de alimentar o erro, devemos nos concentrar
em corrigir, em resolver os problemas, em nos unir, afinal, é por uma boa
causa.
Denis Basílio de Oliveira - Arte-educador
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